ADAMO BAZANI
Aproximadamente três milhões e meio de passageiros podem ser
prejudicados na próxima semana caso os donos de empresas de ônibus que
atendem o subsistema local da cidade de São Paulo paralisem as
atividades.
Em entrevista à Rádio Estadão na manhã desta quarta-feira, dia 03 de
setembro de 2015, o secretário municipal de transportes da cidade de São
Paulo, Jilmar Tatto, disse não acreditar que estas empresas, que
surgiram das cooperativas, parem em protesto, mas se isso ocorrer,
haverá consequências do ponto de vista legal.
“Se empresário parar, é locaute, é proibido por lei. Não acreditamos
que isso (a paralisação) ocorra, mas se concretizar têm medidas legais.
Não tem sentido empresário de ônibus parar a cidade” – disse Tatto que
também afirmou “que no passado”, a cidade já enfrentou paralisações
motivadas por donos de empresa de ônibus.
As empresas do subsistema local que reúne as linhas dos bairros com
ônibus de menor porte reclamam da correção dos contratos abaixo do que
teria sido prometido pela prefeitura.
Segundo os donos destas empresas, no mês de julho foi acertado com a
prefeitura um reajuste de 11,28% no valor dos contratos, mas depois o
poder público anunciou que o reajuste seria de 6,82%.
Segundo as empresas, além de o valor ser inferior ao combinado, o reajuste não é suficiente para cobrir os custos de operação.
De acordo com o mais recente dado sobre demanda da SPTrans – São
Paulo Transporte, entre janeiro e julho deste ano, o subsistema local
transportou 703 milhões 886 mil 376 passageiros. Já o subsistema
estrutural atendeu a 952 milhões 962 mil 814 passageiros. Nos sete
primeiros meses deste ano, os ônibus municipais de São Paulo tiveram 1
bilhão 656 milhões 849 mil 190 registros de passagens.
Da atual frota de 14 mil 778 ônibus, 8 mil 844 são do subsistema estrutural e 5 mil 934 do local.
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